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Ontem, num esforço digno de nota, consegui arrastar Otávio, meu filho, do sofá. Não que ele seja caseiro por natureza, mas a esperança de ficar ao tablet, no YouTube, nessa idade, é tentadora. Uma verdadeira façanha, mas a saga estava apenas começando.

Ao tentar comprar os ingressos online, o site do cinema decidiu me testar. A transação no meu cartão passou, mas o site insistia que o pagamento falhou. Frustrado, decidi resolver isso pessoalmente. Chegando lá, a surpresa: os atendentes foram substituídos por “totens” que, claro, não tinham respostas para o meu dilema.

Para piorar, a sessão estava lotada. Sem ingressos, sem paciência e com o saldo bancário reduzido, recorri ao Plano B: outro cinema. E o que parecia um revés transformou-se em um achado. O novo local era um espetáculo à parte. Realmente, o acaso às vezes nos guia.

Mas permita-me continuar…

Hoje, com o sol ainda tímido, rumei para o litoral, ansioso pelo café da manhã de sempre no Casa da Colônia. Mas eis que o destino resolveu brincar novamente: estava fechado. Sem a opção usual e, novamente, à mercê do Plano B, fui a um café que nunca me atraiu. E, por uma dessas ironias do destino, o lugar era um oásis. Serviço rápido, uma vista encantadora para um lago tranquilo, e um ambiente que quase me fez enviar um cartão de agradecimento ao Casa da Colônia por não abrir.

A lição aqui é clara: a disponibilidade, ou a sua ausência, reserva surpresas. Quantas vezes nos surpreendemos preferindo a segunda opção? A vida tem um jeito peculiar de nos fazer reavaliar nossas escolhas.

No mundo dos negócios, sua falta pode ser a deixa para o concorrente. E nas relações pessoais, há aquela máxima de que “quem não dá assistência, abre espaço para a concorrência”. Hoje, com o privilégio da escolha, saboreei a doce ironia do destino.

O que aprendi? Ser disponível é um trunfo não tão comum. Quando o plano A desaparece, o B pode revelar-se o espetáculo que não esperávamos assistir. A vida, sempre pronta com suas reviravoltas, adora lembrar-nos que o controle é uma mera ilusão.

Brindemos, então, à incerteza e ao charme das alternativas. Que possamos ser o plano B que todos desejam elevar a plano A. E que nunca sejamos pegos desprevenidos pela nossa própria “indisponibilidade”.

08/04/2024
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