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Sua reputação leva seu nome longe. Até quando você mesmo deixa de ser relevante, seu nome ainda pode ecoar… Quer um exemplo bem prático? Tenho um para você. Mas, antes, vamos contextualizar.

Então, você já ouviu falar em casamento levirato? Não? Deixa que eu explico.

O casamento levirato é uma prática antiga que obriga um homem a casar-se com a viúva de seu irmão falecido. A ideia principal dessa tradição era fornecer suporte e proteção à viúva, além de manter os bens e a linhagem familiar unidos. Essa prática não só reforçava a solidariedade familiar, mas também garantia que os filhos do irmão falecido continuassem sendo criados dentro de sua própria família.

Essa tradição era particularmente marcante entre os judeus, onde havia uma especificidade interessante: se a viúva ainda não tivesse filhos, o primeiro filho com o “novo marido” seria considerado descendente do irmão falecido, uma forma de perpetuar sua linhagem mesmo após sua morte.

A história de Judá, um dos filhos de Israel, ilustra isso bem. Ele pediu ao seu filho Onã que se unisse à viúva de seu irmão falecido Er, Tamar, com o objetivo de dar continuidade à descendência do irmão.

Onã, contudo, relutante e teimoso, se recusava a aceitar que seus futuros filhos fossem considerados descendentes de seu irmão falecido. Em um ato de desobediência, ele praticou o “coito interrompido” — uma prática que ele acreditava que frustraria os planos sem desobedecer tecnicamente. Segundo as escrituras, isso foi visto como uma grave desobediência aos deveres familiares e religiosos. Como consequência, Onã foi punido por Deus, que o matou por sua rebeldia.

É dessa história que surgiu o termo onanismo. Inicialmente, era uma expressão técnica para “coito interrompido”. Com o tempo, porém, o significado de “onanismo” evoluiu e passou a ser comumente usado como um sinônimo para masturbação. Essa mudança no significado é resultado de interpretações e ensinamentos posteriores que expandiram o conceito para incluir qualquer forma de atividade sexual que não resulte em procriação.

Imagina só, ter seu nome associado, por toda a eternidade, primeiro a uma prática de evitar a paternidade, e depois, evoluindo para algo ainda mais íntimo e pessoal… de “fazer nas coxas” a “punheteiro”.

É bom pensar bem no que você faz ou deixa de fazer. Seu nome pode ficar marcado por isso muito mais tempo do que você mesmo.

01/05/2024
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