Dos ciclos importantes da vida, percebo dois como fundamentais: o da prosperidade e adversidade, e o da abundância e escassez. Embora muitos os vejam entrelaçados, questiono se essa ligação é inevitável.
Refletindo sobre ensinamentos antigos, compreendo que para cada momento sob o céu há um propósito. Creio que Deus, ao moldar o tempo, imprimiu nessa teia complexa uma sabedoria profunda.
Observo a natureza e noto como ela dança entre a abundância e a escassez. A economia, nessa orquestra, tenta reger a escassez. Há épocas de abundância em trabalho, recursos, alegrias e encontros, mas também eras de carência, onde a ausência é a presença mais marcante.
Na minha jornada, percebo que a alternância entre adversidade e prosperidade não é um eco da natureza, mas um reflexo das nossas reações e preparações diante dos ciclos de abundância e escassez.
Tenho aprendido que a prosperidade se revela inclusive na escassez. Aliás, a verdadeira diferença entre prosperidade e adversidade, percebo, reside na preparação. Entendo agora que crises são oportunidades disfarçadas, momentos em que o manejo dos recursos escassos pode se transformar. Fica claro para mim que o poder mundano nasce na escassez.
Nos momentos de escassez, observo mudanças nas estruturas de poder. Nesses movimentos, vejo como a adversidade é amplificada ou atenuada pela forma como o poder é exercido.
Para mim, a sabedoria está em reconhecer a necessidade de estar preparado para prosperar, tanto nos tempos de abundância quanto nos de escassez. Encaro isso não apenas como uma lição de vida, mas como uma missão pessoal: encontrar equilíbrio e força em cada ciclo, abraçando a beleza escondida em cada desafio. Pois é na interação com o imprevisível que descobrimos nossa verdadeira capacidade de crescer e transformar.