Palavrinha difícil e com significado importante. Trata-se da ideia de que o Papai do Céu permite o mal e o sofrimento para que se alcance um bem maior. É um convite a reflexão sobre a complexidade das escolhas morais e a existência.
Agostinho argumentava que o mal, em si, não existe. Ideia interessante! Para ele, o mal é, de fato, a ausência do bem, assim como a escuridão é a ausência da luz.
Seria, então o mal o preço que se paga pelo livre-arbítrio? Da escolha deliberada pelo afastamento daquilo que é bom? Estaríamos dispostos a viver em um mundo onde tudo é para o bem e para o bom, mas sem liberdade de escolha?
Em outros tempos, Leibniz argumentava que o mal que percebemos é, na verdade, uma necessidade. Neste raciocínio, o mundo em que vivemos é o “melhor dos mundos possíveis”, dada sua complexidade. Ele sugere que o que é terrível quando observado isoladamente pode ser essencial para o todo. Essa ideia nos desafia a considerar a interconexão de eventos e a relatividade da nossa incapacidade de perceber o todo – o plano maior.
Pessoalmente, escolho acreditar que se o mal é uma necessidade para a escolha, talvez seja mais que isso. Penso que, na verdade, o mal é sempre uma oportunidade. Uma semente de algo bom que pode, se devidamente plantada e cultivada, resultar em algo grande.
Frente a perspectiva do desespero, acho mais razoável escolher a esperança.