Estou na Áustria nesses dias, terra de Mozart. Ele era um gênio, e sua obra resiste ao tempo.
Visitei o Palácio de Schönbrunn, antiga residência da (extinta) monarquia austríaca. O palácio resistiu ao tempo; a monarquia, não.
Antes centro do poder, o palácio hoje abriga um museu. Na verdade, pode-se dizer que o palácio inteiro é um museu. Nele, plebeus como eu podem explorar as acomodações da realeza. Um destaque curioso são os sanitários reais, que mostram que reis e rainhas, considerados quase sobre-humanos, eram, no fim das contas, como você e eu.
Durante a visita ao palácio — ou melhor, ao museu —, chamou-me a atenção a prataria: linda, porém empoeirada.
Entre as salas mais fascinantes está aquela onde o jovem Mozart, com apenas seis anos de idade, tocou para a imperatriz — um fato histórico amplamente conhecido.
Pensando bem, talvez tenha sido a imperatriz quem teve a sorte de ouvir o pequeno Mozart. Afinal, sua obra o tornaria gigante, resistindo ao tempo e dando a impressão de ser eterna. Quanto à imperatriz, confesso que aprendi sobre ela ontem e, agora, enquanto escrevo, já não lembro seu nome.