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Nem toda oportunidade foi feita para ser aproveitada.

Na vida tomamos decisões o tempo todo. Somos produto das nossas escolhas.

Comecei a tomar decisões importantes cedo. A hora de sair de casa. Quando troquei o lugar onde ganharia mais para ficar no lugar onde aprenderia mais. Quando resolvi deixar meu emprego, onde estava há mais de 20 anos, para empreender.

Na minha jornada, poucas decisões foram definitivamente certas, muitas foram provavelmente erradas. Mas, aqui estou. Acho que o mesmo aconteceu com você.

Honestamente, acho que, nos momentos críticos, escolhi bem. Talvez por isso, ficou comum que pessoas bem-sucedidas me procurem para discutir decisões-chave de carreira, como aceitar ou não uma nova oferta de emprego ou desenvolver uma nova competência.

Tenho um roteiro para momentos assim e quero compartilhá-lo com você.

Logo no início da conversa, busco entender se a pessoa quer apenas uma confirmação para algo que já decidiu ou se realmente deseja uma perspectiva diferente para evitar pontos cegos.

Minha prioridade é maximizar minha consciência situacional. Faço perguntas diretas, extraio o máximo de detalhes e exponho os prós e contras de cada decisão. Também pergunto qual é a inclinação ou preferência da pessoa.

Durante a discussão, valido se estou “entendendo certo” e observo o peso que a pessoa atribui a cada aspecto. Com franqueza brutal, compartilho minhas percepções sobre os sentimentos da pessoa para que ela possa confrontar aspectos que talvez ainda não tivesse percebido.

De maneira geral, minha função é ser um espelho. Mais do que apenas refletir, procuro levar a pessoa à reflexão.

Geralmente, ao final dessa conversa, a decisão já está tomada – e, acredite, muitas vezes não seria a que eu escolheria. Mas isso não importa. Afinal, o objetivo é ajudar o outro a traçar seu próprio caminho, não o meu.

Por fim, como se trata de pessoas bem-sucedidas, lembro que, independentemente da escolha feita, ela será apenas uma expressão da vaidade.

Trago à tona a compreensão de que elas já têm tudo de que precisam e que, na prática, a decisão pode afetar pouco os resultados, mas impactar muito a forma como são aproveitados. E é nisso que sempre devemos prestar atenção. Aprendi isso lendo Salomão.

No fim da vida, o que mais vale são os momentos bons que vivemos com quem amamos e com Deus. Por isso, sempre faço uma pergunta essencial: essa decisão está alinhada com o que realmente importa?

Demorei anos para compreender essa lição!

Nem toda oportunidade foi feita para ser aproveitada. Algumas existem apenas para serem ignoradas e nos lembrar do que realmente importa.

Mentoria é sobre isso.

Ninguém pode transferir ao outro aquilo que não tem. Minha trajetória, com sucessos e fracassos, me permite falar sobre o que funcionou ou não para mim – o que não significa que funcionará para o outro.

Como mentor, minha tarefa é ajudar a pensar. Ser espelho, mais do que refletir, é levar à reflexão. E, acima de tudo, lembrar do que realmente importa.

Minha experiência deve servir para mais do que apenas enfeitar meu currículo.

Você tem decisões importantes a tomar? Acha que conversar comigo te ajudaria? Será um prazer falar com você.

22/02/2025

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Carlos Mattos
Carlos Mattos
1 dia atrás

Elemar, a frase-título desse post ficou gravada. Obrigado por compartilhar sua experiência. Abraços.

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