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Economia do Tempo

Você já se perguntou por que tantas pessoas dizem que não têm tempo? Frequentemente ouvimos as pessoas dizerem isso. “Falta de tempo” é a justificativa comum para tantas coisas que deixamos de fazer. Porém, muitas vezes, essa falta de tempo nada mais é do que a expressão da falta de prioridades claras e bem definidas. Afinal, se um recurso — como o tempo — é escasso, é necessário gerenciá-lo, e disso trata a economia. No entanto, quando se trata de tempo, essa gestão não é tão simples assim.

Drucker, considerado o pai da administração moderna, ensina que de todos os recursos escassos, o único que é escasso de verdade é o tempo. O dinheiro, outro recurso frequentemente assumido como escasso, na prática, é abundante. Para a maioria dos que não o tem, o dinheiro, o que falta é uma abordagem certa para “capturá-lo”.

O tempo, por outro lado, esse é escasso de verdade. Primeiro porque não é estocável. Então, limitado que é, precisa ser gerenciado. Aliás, se a economia é a ciência para lidar com o escasso, então, é coerente pensar em uma “economia do tempo”. 

Costuma-se dizer que o tempo é igual para todo mundo, mas isso não é totalmente verdadeiro. O tempo, aprendi, possui pelo menos duas medidas associadas: a duração e a intensidade, e nem todo tempo é igual. A duração é algo objetivo, mensurável e comum para todos. Neste mundo, onde a velocidade física é praticamente a mesma para todos, um minuto é sempre um minuto. Contudo, a intensidade é diferente — é particular não só de cada pessoa, mas também de cada momento.

Pense na espera de dez minutos por alguém especial. Para quem espera com ansiedade, esses dez minutos parecem uma eternidade. Mas os dez minutos seguintes, depois do encontro, passam como se fossem segundos. Agora pense em uma reunião importante no trabalho: os dez minutos antes da apresentação podem parecer intermináveis, enquanto os dez minutos durante uma discussão empolgante sobre um projeto passam voando. O que mudou? Não foi a duração, foi a intensidade do momento. O que mudou? Não foi a duração, foi a intensidade do momento. Esse exemplo nos faz perceber que um dos segredos para uma gestão eficiente do tempo está justamente no entendimento da intensidade.

Colocar mais intensidade no tempo faz o tempo render mais. Isso pode ser feito através de práticas de mindfulness, como respirar profundamente e focar no momento presente, ou desligando distrações digitais para manter a atenção plena nas atividades importantes. Mais presença no momento presente. Viver sem intensidade, ausente do presente, é, literalmente, um desperdício de tempo. Para perceber se você está vivendo sem intensidade, observe se os dias passam sem deixar marcas significativas, se há uma sensação constante de apatia ou se as atividades cotidianas parecem perder o sentido. A falta de entusiasmo e o sentimento de que o tempo apenas passa são sinais claros de que a intensidade está ausente.\

A duração pode ser a mesma para todos, mas a intensidade é o que faz a diferença entre simplesmente passar pelo tempo e realmente vivê-lo.

30/10/2024
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